Meditar consiste em aquietar o corpo e a mente, e em parar de prestar atenção ao mundo exterior, a fim de que possamos nos unir a Deus no silêncio de nosso santuário interior. A meditação atua favoravelmente no plano físico, relaxando o corpo; no plano mental, acalmando os pensamentos e as ansiedades; e no plano espiritual, renovando a energia vital e estimulando nossos atributos divinos. Isto nos permite levar uma existência mais útil, melhorar as relações com as pessoas que nos rodeiam e enfrentar com ânimo renovado as dificuldades que se apresentam. Ao dedicar a cada dia alguns momentos para liberar a mente das múltiplas preocupações que a assaltam, vamos recobrando a plena consciência de nossa essência divina. Podemos dizer que orar é dirigir-nos a Deus e falar com ele, enquanto que meditar significa escutar a Deus, deixando-nos instruir e guiar pela parte de nosso ser que se acha em constante comunhão com o Infinito.
Aplicando algumas regras simples, a meditação está ao alcance de todos, e mesmo os principiantes percebem os efeitos benéficos de um período de silêncio motivado por um ideal elevado.
A primeira etapa requer que se adote uma posição confortável; por exemplo, sentados em uma cadeira, com as costas retas, os pés apoiados no chão,os olhos fechados e as mãos apoiadas no colo ou ao lado do corpo. Começar a relaxar com respirações lentas e profundas - inspirar fundo e reter um pouco o ar nos pulmões antes de expirar. Ao mesmo tempo, ir examinando com a mente as tensões existentes no corpo, e sucessivamente eliminá-las usando a imaginação ou massageando as zonas correspondentes com a ponta dos dedos.
A segunda etapa consiste em concentrar-se em um pensamento pacífico e inspirador, que chamaremos de "afirmação": por exemplo, "a paz me envolve e reina em mim", "estou em um estado de relaxamento total", um versículo da bíblia, ou um aforismo espiritual como "Deus é Amor". Convém impedir que a mente vagueie ou se concentre em coisas da vida diária. Depois de refletir sobre a mensagem da afirmação, analisando cada palavra com cuidado, é necessário impregnar-se de seu significado. De fato, as impressões experimentadas no ser interior impactam muito mais que as palavras em si. Assim, não basta repetir "Deus é Amor", pois é o sentimento que acompanha esta afirmativa que lhe dá sua força e sua amplitude.
A terceira etapa é a meditação em si. Consiste em permanecer em silêncio, submergido nos sentimentos produzidos pela afirmação. Quando a mente se desviar, é indispensável voltar a concentrar-se, primeiro no sentido das palavras da afirmação e, em seguida, nos sentimentos que estas suscitam. Não desanime se a mente divagar: conseguir fixar a atenção num só pensamento exige tempo. A principio, faça períodos de silêncio de uns cinco minutos, e vá aumentando até chegar, com o tempo a quinze ou vinte minutos.
Na quarta etapa devemos enviar bons pensamentos, ou orações, para outras pessoas, antes de concluir a sessão de meditação. Por exemplo, no caso de se haver escolhido o amor como tema central, dirigir este sentimento para os seres queridos e para quem quer que você saiba que está necessitando.
Praticada cotidianamente, a meditação fica cada vez mais fácil, e a quietude que emana desses momentos de concentração silenciosa e de recolhimento se reflete em todos os aspectos da vida.
Praticada cotidianamente, a meditação fica cada vez mais fácil, e a quietude que emana desses momentos de concentração silenciosa e de recolhimento se reflete em todos os aspectos da vida.
Discordando dos que sustentam que a mente deve ficar inativa, porque se deixa distrair e altera o processo de meditação, Cayce declara nas leituras que opoder criativo da mente pode ser utilizado de maneira adequada para se alcançar um alto grau de harmonização com a Fonte Universal.Meditar regularmente propicia curas a nível físico, mental e espiritual. Graças às afirmações construtivas que empregamos e ao ideal que mantemos durante a meditação, nossas tendências negativas desaparecem, sendo substituídas por atitudes mais positivas.De modo geral, desperdiçamos horas em ocupações que não nos trazem nenhum beneficio, enquanto que alguns minutos diários reservados à oração e à meditação podem nos proporcionar mais paz, alegria e plenitude que qualquer outra atividade.
Busquemos primeiro o Reino dos Céus, que está dentro de nós. A palavra e as promessas divinas são eternas: invoquemos ao Senhor, sabendo que somos o templo do Deus vivo, que o Todo Poderoso reside em nosso Santuário Interior. No silêncio da meditação, uma vez relaxado o corpo, serenada a mente e esquecidas as preocupações, nos abrimos à nossa natureza espiritual e nos unimos à Força Criadora.As leituras de Edgar Cayce dizem que todos devemos meditar, pois a comunhão com Deus é primordial. Com efeito, a alma, nosso ser superior, não está feliz senão com o Divino e aspira a morar no seio do Criador. A meditação assídua nos ajuda a compreender e a manifestar nossa relação íntima com o Senhor, a aplicar os princípios universais na vida diária, a distinguir a onipresença de Deus, e a prepararmo-nos para que a transição que chamamos morte constitua um passo adicional para o entendimento cada vez mais perfeito do Pai.
Créditos: A.R.E.
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