Daemon (Daimon) (Gr.) - Nas obras herméticas originais e nos clássicos antigos, esta palavra tem um significado idêntico ao de "deus", "anjo" ou "gênio". O Daemon de Sócrates é a parte incorruptível do homem, ou melhor, o verdadeiro homem interno, que nós chamamos de Nous[Alma racional], ou seja, o Ego racional divino. Seja como for, o Daemon (ou Daimón) do grande sábio não era certamente o demônio do inferno cristão ou da teologia ortodoxa cristã. Tal termo foi aplicado pelos povos ortodoxos antigos, especialmente pelos filósofos da Escola de Alexandria, para todos os tipos de espíritos, bons ou maus, humanos ou de qualquer outra espécie. Freqüentemente é sinônimo de "deuses" ou "anjos", mas alguns filósofos trataram, com justo motivo, de fazer uma exata distinção entre as numerosas classes de tais seres.
Daimon (Gr.) - Não é o demônio ou o diabo, como entendem os autores eclesiásticos. (Ver os dicionários de Planche e de Alexandre.) Tal termo significa: deus, divindade, gênio (bom ou mau), destino ou fortuna; e, no plural, sombras dos mortos. Como se lê em Doutrina Secreta, I, p.308 da última ed. inglesa, os daimons são os espíritos guardiões da raça humana, "aqueles que moram nas proximidades dos imortais e dali velam pelos assuntos humanos", segundo a expressão de Hermes. Em linguagem esotérica, são denominados de Chiktala, alguns dos quais são aqueles que, de sua própria essência, dotaram o homem de seus quarto e quinto princípios, e outros são chamados de Pitris.
Fonte: Glossário Teosófico de H.P.B
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